segunda-feira, 17 de março de 2014

Reflexões filosóficas sobre Marxismo. Ou: uma crítica negativa a mesma.


      
por Leniéverson Azeredo Gomes

“A definição de arte é, por todos os lados, indicada pelo que a arte uma vez foi, mas só é legitimada pelo que a arte se tornou em relação ao que a arte quer, e possivelmente pode, se tornar”




         Quem diria, hein, Leniéverson? Usando um trecho do livro “Teoria da Estética”, de Theodor Adorno, para fundamentar um texto, né? Não, marxistas, muita calma nessa hora. Não me reconverti ao lado vermelho da força – eu já fui defensor dos ideais de Marx, mas fui curado, ou melhor, purificado -. Usei essa parte do livro, para falar sobre a mentalidade de alguns ‘iluminados’, que insistem em defender regimes ditatoriais e semiditatoriais como Cuba, Venezuela e a Coréia do Norte e tratá-los, como democráticos esses países fossem. Não é ironia dizer que ser torcedor de uma tirania, é uma arte, macabra e delinquida, porém uma arte. Sigamos.
        A estética de uma defesa de totalitarismos, transformando o mesmo em algo doce e inocente, não carrega dentro de si e em si mesmo, apenas um surrealismo, mas também uma deformação da ética. É preciso lembrar que a estética, do ponto de vista filosófico, não tem definição superficial usada na indústria cosmética, quando esta a relaciona a mesma com questões relacionadas à beleza estritamente exterior.
Países com ditadores tiranos costumeiramente prendem, torturam, matam, simplesmente por discordarem –leia-se oporem – ao regime, sem direito a Comissão da Verdade. Países com ditadores tiranos, as eleições são plebiscitos de si mesmo ou rituais homologatórios com chances nulas ou altamente desiguais para a oposição. Países com líderes tiranos cerceiam a liberdade de imprensa até reduzir a comunicação a um mero oficialismo – leia-se a existência de órgãos informativos estatais -, varrendo para o tapete os podres do governo. Países com líderes tiranos tem um alto teor de aparelhamento do Estado, onde há o controle dos Poderes Executivo, Legislativo e até; do Judiciário.  Países com líderes tiranos dominam as pessoas com assistencialismo barato, que na verdade, é uma mera ferramenta de compra de votos, como já disse em outro texto. Países com líderes tiranos passam décadas e mais décadas sob as mãos de ferro por dinastias familiares ou partidárias. Partidos com líderes tiranos vê a liberdade do uso da Internet como inimiga, pois, sabe-se lá que a grande rede mundial de computadores, seja ‘instrumento do demônio’. Países com líderes tiranos veem os Estados Unidos como os Imperialistas do Mal, que são “contra” os governos “populares” e “carismáticos” da América Latina. Países com líderes tiranos sofrem em algum grau, graves problemas econômicos, educacionais, de saúde, na segurança pública, etc. Ah! Sim, há muita maquiagem estatística também, vide a tão propalada qualidade de saúde de Cuba, que foi desmascarada pelo presidente da Associação Médica Brasileira, Florentino Cardoso, nesta última segunda-feira, no Programa Roda Viva, na TV Cultura de São Paulo. 
De fato, há místicas e mistificações sobre o assunto, mas o debate é prejudicado por conta da criação e perpetuação de mitos sobre os regimes,  porque do ponto de vista marxista, há uma justificativa padrão: toda ditadura é justificada pelos supostos avanços sociais resultantes de pretensos projetos de transferências de renda – leia-se assistencialismo, dito no parágrafo anterior -. 
A Venezuela, que há um pouco mais de um mês sofre com protestos contra o ‘presidente’ Nicolás Maduro – que costuma ver Hugo Chavez num passarinho-, é outro exemplo, de como certas coisas não cansam de ser nebulosas. Um regime de  protoditadura criadoa por Chavez (morto no ano passado) que pretende consolidar um “Bolivarianismo do Século XXI” – vá lá saber o que seja isso. A Venezuela passa por inflação altíssima, crise de desabastecimento, sufocamento   da imprensa independente, prisão sem provas de lideres opositores, assassinatos e ferimentos de protestantes por milícias e a Guarda Nacional Bolivariana chavistas, enfim, o pais, vive um caos e tende a piorar ainda mais. Para engrossar o caldo, países que integram a UNASUL, o MERCOSUL e a grande maioria dos integrantes da OEA, o Brasil incluso, defende a truculência do psicopata Nicolás Maduro. Nada de surpreendente. O Brasil de longa e exemplar tradição na política de Relações Exteriores - leia-se, Itamaraty - se vinculou aos interesses dos ditadores assassinos irmãos Castro de Cuba, do Chavismo assassino, do Evo Morales, do Kirchnerismo, dentre outras lideranças do Bloco. O Barão do Rio Branco está se revirando no túmulo por causa disso. É uma verdadeira lástima.
Um dos documentos do Concílio Vaticano II, o Inter Mirifica – Sobre os Meios de Comunicação -, a respeito da Estética, diz com muita clareza que ‘ se originam falsas doutrinas a cerca da ética e da estética’.  Doutrinas sociológicas  como o Marxismo e Gramscismo, que mascaram a realidade, pintam as coisas em cores supostamente revolucionárias, pouco se importa com a democracia real, o que importa é a democracia surreal na mente de delinquentes.
Até hoje, não se viu um psicólogo ou psiquiatra, UM, que tivesse peito de fazer um estudo que decifre a mente de psicopatas como Chavez, Maduro, Fidel e Raúl Castro , Pol Pot, Kim Jong il, Che Guevara, dentre outros tiranetes. Igualmente, decifrar a mente de quem apoia esse tipo de ideologia, porque isso, não é normal, não é o ideal. Será que alguém teria essa coragem?
É claro que mexer nesse assunto, é mexer numa espécie de vespeiro, porque os amantes desses regimes e do marxismo, não são muito chegados ao respeito ao contraditório e são capazes de preferir a ideologia aos amigos. É muito difícil lidar com essas pessoas que são doutrinadas em universidades, meios de comunicação, nas redes sociais, nas atividades profissionais, nos sindicatos, concursos públicos, etc. Além do mais, costumam ser agressivas, pois não saber atacar o argumento, mas sim o argumentador.  Este que vós escreve, também era assim, dos 17 aos 21 ou 22 anos, apesar de não ter visto problemas na privatização do Governo FHC e o Plano Real, nos anos 90, era um exímio ídolo do comunismo e de assassinos como Che Guevara e Fidel Castro. Naquela época, eu cantava a música “Panamericana”, do LP “Sob o Sol de Parador”, do cantor Lobão, gravado em 1989. Eis um trechinho da canção:  “Quem são ditadores do Partido Colorado ? /O que é democracia ao Sul do Equador ? /Quem são os militares ao Sul da Cordilheira ? /Quem são os salvadores do povo de El Salvador ? /Em Parador! /Quem são os assassinos dos índios brasileiros ? /Que são os estrangeiros que financiam o terror ?/ Em Parador !/ Hay qui endurecer, sin perder la ternura! /Hay qui endurecer,  sin perder la ternura!/ Hay qui endurecer Sin perder la ternura Ao sol de Parador.
Por isso, eu consigo compreender essa sensação de que está falando coisas, como se estivessem num deserto do Saara, sem água, sem comida e com um sol a pino, produzindo assim, uma ilusão de ótica. Enxergam ordem, quando na verdade existe um caos. Enxergam golpe, quando na verdade é uma luta a favor da democracia! Enxergam legitimidade, quando na verdade foi uma fraude! Enxergam  democracia, quando na verdade é um autoritarismo e totalitarismo. Tudo isso e mais outras coisas são observações delirantes, que não tem prova alguma, mas é tratável – se a pessoa, assim o quiser-. Muita gente precisa de desintoxicação ideológica e urgente. E não é um exagero.  Porque viver pensando assim, ininterruptamente, é de uma delinquência psicológica tremenda.
E o que já é ruim, pode ficar infinitamente pior, se os líderes do tal “Fórum de São Paulo”, continuar governando grande parte dos países da América Latina.

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