por Leniéverson Azeredo Gomes
“A definição de arte é, por todos os
lados, indicada pelo que a arte uma vez foi, mas só é legitimada pelo que a
arte se tornou em relação ao que a arte quer, e possivelmente pode, se tornar”
Quem
diria, hein, Leniéverson? Usando um trecho do livro “Teoria da Estética”, de
Theodor Adorno, para fundamentar um texto, né? Não, marxistas, muita calma
nessa hora. Não me reconverti ao lado vermelho da força – eu já fui defensor
dos ideais de Marx, mas fui curado, ou melhor, purificado -. Usei essa parte do
livro, para falar sobre a mentalidade de alguns ‘iluminados’, que insistem em
defender regimes ditatoriais e semiditatoriais como Cuba, Venezuela e a Coréia
do Norte e tratá-los, como democráticos esses países fossem. Não é ironia dizer
que ser torcedor de uma tirania, é uma arte, macabra e delinquida, porém uma
arte. Sigamos.
A
estética de uma defesa de totalitarismos, transformando o mesmo em algo doce e
inocente, não carrega dentro de si e em si mesmo, apenas um surrealismo, mas
também uma deformação da ética. É preciso lembrar que a estética, do ponto de
vista filosófico, não tem definição superficial usada na indústria cosmética,
quando esta a relaciona a mesma com questões relacionadas à beleza estritamente
exterior.
Países com ditadores tiranos
costumeiramente prendem, torturam, matam, simplesmente por discordarem –leia-se
oporem – ao regime, sem direito a Comissão da Verdade. Países com ditadores
tiranos, as eleições são plebiscitos de si mesmo ou rituais homologatórios com
chances nulas ou altamente desiguais para a oposição. Países com líderes
tiranos cerceiam a liberdade de imprensa até reduzir a comunicação a um mero
oficialismo – leia-se a existência de órgãos informativos estatais -, varrendo
para o tapete os podres do governo. Países com líderes tiranos tem um alto teor
de aparelhamento do Estado, onde há o controle dos Poderes Executivo,
Legislativo e até; do Judiciário. Países
com líderes tiranos dominam as pessoas com assistencialismo barato, que na
verdade, é uma mera ferramenta de compra de votos, como já disse em outro
texto. Países com líderes tiranos passam décadas e mais décadas sob as mãos de
ferro por dinastias familiares ou partidárias. Partidos com líderes tiranos vê
a liberdade do uso da Internet como inimiga, pois, sabe-se lá que a grande rede
mundial de computadores, seja ‘instrumento do demônio’. Países com líderes
tiranos veem os Estados Unidos como os Imperialistas do Mal, que são “contra”
os governos “populares” e “carismáticos” da América Latina. Países com líderes
tiranos sofrem em algum grau, graves problemas econômicos, educacionais, de
saúde, na segurança pública, etc. Ah! Sim, há muita maquiagem estatística
também, vide a tão propalada qualidade de saúde de Cuba, que foi desmascarada
pelo presidente da Associação Médica Brasileira, Florentino Cardoso, nesta
última segunda-feira, no Programa Roda Viva, na TV Cultura de São Paulo.
De fato, há místicas e
mistificações sobre o assunto, mas o debate é prejudicado por conta da criação
e perpetuação de mitos sobre os regimes,
porque do ponto de vista marxista, há uma justificativa padrão: toda
ditadura é justificada pelos supostos avanços sociais resultantes de pretensos
projetos de transferências de renda – leia-se assistencialismo, dito no
parágrafo anterior -.
A Venezuela, que há um pouco
mais de um mês sofre com protestos contra o ‘presidente’ Nicolás Maduro – que
costuma ver Hugo Chavez num passarinho-, é outro exemplo, de como certas coisas
não cansam de ser nebulosas. Um regime de
protoditadura criadoa por Chavez (morto no ano passado) que pretende
consolidar um “Bolivarianismo do Século XXI” – vá lá saber o que seja isso. A
Venezuela passa por inflação altíssima, crise de desabastecimento,
sufocamento da imprensa independente,
prisão sem provas de lideres opositores, assassinatos e ferimentos de
protestantes por milícias e a Guarda Nacional Bolivariana chavistas, enfim, o
pais, vive um caos e tende a piorar ainda mais. Para engrossar o caldo, países
que integram a UNASUL, o MERCOSUL e a grande maioria dos integrantes da OEA, o
Brasil incluso, defende a truculência do psicopata Nicolás Maduro. Nada de
surpreendente. O Brasil de longa e exemplar tradição na política de Relações
Exteriores - leia-se, Itamaraty - se vinculou aos interesses dos ditadores
assassinos irmãos Castro de Cuba, do Chavismo assassino, do Evo Morales, do
Kirchnerismo, dentre outras lideranças do Bloco. O Barão do Rio Branco está se
revirando no túmulo por causa disso. É uma verdadeira lástima.
Um dos documentos do Concílio
Vaticano II, o Inter Mirifica – Sobre os Meios de Comunicação -, a respeito da
Estética, diz com muita clareza que ‘ se originam falsas doutrinas a cerca da
ética e da estética’. Doutrinas
sociológicas como o Marxismo e
Gramscismo, que mascaram a realidade, pintam as coisas em cores supostamente
revolucionárias, pouco se importa com a democracia real, o que importa é a
democracia surreal na mente de delinquentes.
Até hoje, não se viu um
psicólogo ou psiquiatra, UM, que tivesse peito de fazer um estudo que decifre a
mente de psicopatas como Chavez, Maduro, Fidel e Raúl Castro , Pol Pot, Kim
Jong il, Che Guevara, dentre outros tiranetes. Igualmente, decifrar a mente de
quem apoia esse tipo de ideologia, porque isso, não é normal, não é o ideal.
Será que alguém teria essa coragem?
É claro que mexer nesse assunto,
é mexer numa espécie de vespeiro, porque os amantes desses regimes e do
marxismo, não são muito chegados ao respeito ao contraditório e são capazes de
preferir a ideologia aos amigos. É muito difícil lidar com essas pessoas que
são doutrinadas em universidades, meios de comunicação, nas redes sociais, nas
atividades profissionais, nos sindicatos, concursos públicos, etc. Além do
mais, costumam ser agressivas, pois não saber atacar o argumento, mas sim o
argumentador. Este que vós escreve,
também era assim, dos 17 aos 21 ou 22 anos, apesar de não ter visto problemas
na privatização do Governo FHC e o Plano Real, nos anos 90, era um exímio ídolo
do comunismo e de assassinos como Che Guevara e Fidel Castro. Naquela época, eu
cantava a música “Panamericana”, do LP “Sob o Sol de Parador”, do cantor Lobão,
gravado em 1989. Eis um trechinho da canção: “Quem são ditadores do Partido Colorado ? /O
que é democracia ao Sul do Equador ? /Quem são os militares ao Sul da
Cordilheira ? /Quem são os salvadores do povo de El Salvador ? /Em Parador!
/Quem são os assassinos dos índios brasileiros ? /Que são os estrangeiros que
financiam o terror ?/ Em Parador !/ Hay qui endurecer, sin perder la ternura! /Hay qui endurecer, sin perder la ternura!/ Hay qui endurecer Sin
perder la ternura Ao sol de Parador.
Por isso, eu consigo compreender
essa sensação de que está falando coisas, como se estivessem num deserto do
Saara, sem água, sem comida e com um sol a pino, produzindo assim, uma ilusão
de ótica. Enxergam ordem, quando na verdade existe um caos. Enxergam golpe,
quando na verdade é uma luta a favor da democracia! Enxergam legitimidade,
quando na verdade foi uma fraude! Enxergam
democracia, quando na verdade é um autoritarismo e totalitarismo. Tudo isso
e mais outras coisas são observações delirantes, que não tem prova alguma, mas
é tratável – se a pessoa, assim o quiser-. Muita gente precisa de
desintoxicação ideológica e urgente. E não é um exagero. Porque viver pensando assim, ininterruptamente,
é de uma delinquência psicológica tremenda.
E o que já é ruim, pode ficar
infinitamente pior, se os líderes do tal “Fórum de São Paulo”, continuar
governando grande parte dos países da América Latina.
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